Morreu nesta sexta-feira (20 de julho) o ex-presidente da Chocolates Garoto Helmut Meyerfreund. Ícone de uma geração de empresários que conheceu o sucesso, o empresário também era conhecido com um grande incentivador do esporte.
Uma das marcas deixadas por ele, além de doces chocolates, foi a Dez Milhas Garoto, competição que se tornou tradicional no Espírito Santo e liga Vitória a Vila Velha em uma corrida que tem a Terceira Ponte como um dos trechos de corrida.
Helmut Meyerfreund costumava acompanhar a competição em cima de uma bicicleta. Ele sempre parava sua "magrela" em cima da Terceira Ponte e admirava a Baía de Vitória.
Helmut Meyerfreund morreu aos 82 anos em São Paulo, cidade onde residia desde que deixou o comando da empresa (atualmente a Chocolates Garoto pertence ao grupo Nestlé). Ele sofria do mal de Alzheimer.
O governador Paulo Hartung decretou três dias de luto oficial.
“Foi com muita tristeza que recebi a notícia sobre o ex-presidente da Chocolates Garoto Helmut Meyerfreund. Um grande amigo, esportista e incentivador de hábitos saudáveis. Em 1989, durante sua gestão, foi criada a ‘Corrida Rústica’, atual Dez Milhas Garoto, para celebrar o aniversário de 60 anos da empresa”, lembrou o governador.
O presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), Léo de Castro, também emitiu nota de pesar.
“Durante os 40 anos que esteve à frente da empresa, ele ampliou e modernizou as instalações e processos produtivos, adotou políticas comerciais, fez ajustes importantes nos sistema de logística e distribuição e consolidou a Garoto entre as 10 maiores fábricas de chocolate do mundo, com produtos presentes em mais de 50 países”, diz um trecho da nota.
Léo Castro ainda exalta a importância de Helmut Meyerfreund como ícone do Espírito Santo.
“A Medalha de Ordem do Mérito Industrial da CNI, recebida por ele em 1992, foi a primeira concedida a um capixaba. Helmut construiu uma linda história que aliou, em um só tempo, amor à marca e um raro senso empreendedor, ajudando a mostrar que a arte da gestão vai muito além de números objetivos: tem também a ver com sentimentos e valores humanos”, assinala o presidente da FINDES.