O sistema de cabotagem marítima para transportar madeira entre o Sul da Bahia e o Norte do Espírito Santo, para abastecer a indústria de celulose, encerrou 2018 com o melhor desempenho histórico ao longo dos seus 16 anos. Foram 2,76 milhões de metros cúbicos de eucalipto, equivalentes a 34% de toda a madeira que chegou à fábrica da Suzano, localizada em Barra do Riacho, Aracruz. Essa madeira foi transportada em 496 viagens de barcaças, carga equivalente a cerca de 50.200 viagens de tritem (carreta com três semirreboques) que deixaram de ser feitas por rodovia.
A cabotagem marítima foi instituída na empresa com o objetivo de diversificar os modais de transporte e reduzir a quantidade de viagens de carretas nas rodovias. O bom desempenho é resultado dos investimentos na modernização do transporte marítimo, com a instalação de guindastes de grande porte que passaram a fazer o carregamento das barcaças no Terminal de Caravelas (BA) e o descarregamento no Terminal de Barra do Riacho (ES). Os guindastes representam ganho de produtividade na operação, carregando/descarregando as barcaças com mais agilidade e segurança.
Antes do investimento nos guindastes, a movimentação de madeira nas barcaças era feita com máquinas carregadeiras, que entravam e saíam da embarcação com os feixes de toras de eucalipto. Com esse sistema anterior, a madeira em barcaças respondia, em média, por 25% do abastecimento de matéria-prima na indústria de celulose, bem abaixo dos 34% registrados em 2018.
Os guindastes de grande porte instalados nos Terminais de Barcaças de Barra do Riacho e de Caravelas foram importados da Finlândia, país de grande tradição na indústria florestal. Um grupo de operadores do Portocel - porto especializado na movimentação de produtos florestais e que é controlado pela Suzano - foi até lá fazer treinamento para operar os equipamentos e replicar o aprendizado para os outros trabalhadores.
A empresa investiu R$ 54,4 milhões na instalação de quatro guindastes, dois no Terminal de Barra do Riacho (anexo ao Portocel) e dois no Terminal de Caravelas (BA). No Terminal de Barra do Riacho o empreendimento tem uma particularidade: os guindastes são movidos a eletricidade gerada na própria fábrica da Suzano, que é autossuficiente em energia. Além de mais eficiente, a operação com esses equipamentos é mais sustentável não só por consumir energia renovável, mas também por emitir menos CO² ao não utilizar combustível de origem fóssil.
Com informações da Assessoria de Comunicação da Suzano