“O futuro é aquilo que o passado quis destruir”. Com essa frase tem início à campanha ”Nunca mais um Brasil sem nós”, que tem como objetivo dar visibilidade aos 305 povos indígenas que resistem no Brasil.
Este é o primeiro ano em que o 19 de abril deixa de ser o Dia do Índio e passa a ser o Dia dos Povos Indígenas.
A lei que modificou a nomenclatura foi aprovada em julho do ano passado. Portanto, somente em 2023 foi possível utilizá-la pela primeira vez.
O relator da lei foi o senador capixaba Fabiano Contarato que defendeu a mudança. Segundo ele, a palavra “Índio” era considerada preconceituosa pelos povos indígenas.
A ministra dos Povos Indígenas é a maranhense Sonia Guajajara que visitou aldeias capixabas, localizadas em Aracruz, em 2018, à época candidata à Vice-Presidência da República, na chapa encabeçada pelo hoje deputado federal Guilherme Boulos (Psol). Ela esteve nas comunidades de Pau-Brasil, Comboios, Caieiras Velha e Piraquê-açu.
MENSAGEM DO MINISTÉRIO DOS POVOS INDÍGENAS
“O futuro é aquilo que o passado quis destruir. É a vida que o perverso quis dizimar. Mas, com a força e a sabedoria da ancestralidade persiste, persevera, luta, existe. O futuro é o oposto de um passado que deve ser ultrapassado. Que é selvagem, que é pobre, que é irrelevante. Que o futuro saia agora de seu esconderijo de cesto de palha lacrado à cera. E surja deslumbrante, pintado de urucum e jenipapo. Preparado com as dádivas de um mundo de concreto que também é seu. O futuro se revela, as amarras se desatam. Nossas vozes bradam. Terra indígena, futuro ancestral. Nunca mais um Brasil sem nós. Ministério dos Povos Indígenas.”
Boa tarde, povos indígenas brasileiros, contém comigo nessa jornada de luta. Vcs são os verdadeiros donos da terra brasilis, muito obrigada por preservar nossa natureza e nossa história e cultura. Gratidão.