Alguns cuidados na beira da praia para se evitar alguns acidentes devem ser tomados. Se você é "marinheiro de primeira viagem" e visita balneários de Aracruz de forma inédita, aí vão algumas dicas para que as férias sejam positivamente inesquecíveis.
O cenário de cinema que se encontra por essas bandas vale cada registro fotográfico. São praias paradisíacas e refúgios de espécies quase desconhecidas para o grande público. Uma visita à Estação Biológica Marinha Augusto Ruschi, localizada na ES-010, em Itaparica, pode ser bastante esclarecedora para quem gosta do tema sobre a natureza.
Mas os cuidados não devem ser apenas em relação aos animais, mas um banho de mar em Santa Cruz ou "do outro lado", próximo ao cais da antiga balsa, guarda um tipo de praia a cada maré cheia.
A foz do Rio Piraquê-Açu pode modificar as características da praia a cada vazante. Então, ao mergulhar, deve-se ter cuidado porque um banco de areia pode estar em um local num dia e noutro pode não estar mais ali. As águas mornas da praia são atrativas a cada mergulho, mas os cuidados devem ser tomados.
Outro cuidado diz respeito às espécies que têm como habitat pedras, areia ou piso mais lamacento. Uma delas é o "peixe-pedra". O que se sabe desta espécie é que aqueles que pisam nesse peixe sofrem de fortes dores.
O oceanógrafo Maik dos Santos Cividanes da Hora explica que o "peixe-pedra" não é tão comum no nosso litoral.
"No Nordeste há relatos de mais acidentes, possivelmente porque as praias são mais frequentadas durante todo o ano. A água mais quente pode atrair esse peixe, que possuem ferrões e, caso seu espinho crave na pele, o veneno dele pode provocar uma dor intensa", destacou Maik.
O oceanógrafo assinalou ainda que esse tipo de peixe existe em praticamente todos os oceanos.
"A dica que dou é que, se ocorrer um caso, eu nunca ouvi falar sobre acidentes com esse tipo de peixe por aqui, mas caso ocorra, a pessoa deve ser encaminhada imediatamente para atendimento médico", orientou Maik.
O profissional explicou que o "peixe-pedra" costuma se camuflar em fundo de areia, não somente na boca de estuários, em todos os ambientes. Segundo Maik da Hora, esse comportamento se dá para que ele atraia peixes mais para perto de si para que possa se alimentar.