Desempregados de Aracruz reclamam de falta de acesso às vagas do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA). Motivo: dificuldade no contato com a empresa e com o Sine de Aracruz.
Durante a semana, a reportagem da Web Rádio Voz do Piraqueaçu foi procurada e recebeu a reclamação de um desempregado, que permanecerá com seu nome sob sigilo, que informou a dificuldade em ser atendido nos diversos números da empresa. A pessoa informou ainda que teria sido encaminhado para entrevista no EJA, mas antes teria que marcar por telefone.
"Em todos os números disponíveis não houve atendimento. Nem o 0800 e nem no Sine. Sou uma pessoa que está perdida e desempregada", lamentou.
Depois de muito insistir no Sine, uma pessoa o avisou para continuar tentando. "Se não quiser o emprego, devolva a carta", teria dito a pessoa que trabalha no Sine.
"Imagine um monte de pai de família desempregado há mais de seis meses ou até precisando de uma recolocação no mercado de trabalho, precisando pagar as contas ou pagar pensão. Deixo meu sentimento de revolta e descaso", lamentou.
Outra reclamação que o Voz do Piraqueaçu recebeu é que existe um caderno, onde os candidatos colocam seus nomes para serem encaminhados para entrevista no EJA. Mas que as listas não são organizadas.
"Dizem para irmos todos os dias ao Sine para ver se nosso nome é o próximo a receber a carta de encaminhamento para a entrevista. Devemos comparecer todos os dias no Sine. Mas, imagine! Como que desempregado conseguiremos pagar a passagem todos os dias até recebermos a tal carta", questionou outra pessoa desempregada.
A Prefeitura de Aracruz foi procurada e, por meio da Assessoria de Comunicação e Marketing, informou que o caderno no Sine-Aracruz existe e foi organizado por trabalhadores da orla há cerca de três anos e meio.
"Na última reunião com as comunidades, ficou definido que quem não mora no entorno do Sine da Barra do Riacho, é necessário o seu comparecimento uma vez na semana. No Sine de Aracruz são distribuídas senhas de acordo com o número de vagas disponibilizadas, desta forma, sendo por ordem de chegada. E não existe previsão legal para pagamento de passagem pela Municipalidade para este serviço de busca de emprego", acrescentou a nota da PMA.
A diretoria do EJA também foi procurada para falar sobre o assunto, mas até o encerramento desta matéria a assessoria de Comunicação da empresa não havia conseguido uma resposta.