Nesta segunda-feira (2 de abril) a Defensoria Pública do Espírito Santo recebeu moradores de Nova Santa Cruz para ouvir os problemas relacionados à moradia pelos quais eles estão passando, incluindo atrasos no pagamento do aluguel social e demora na entrega de casas populares para essas famílias.
Desde o dia em que foram retiradas de suas casas, em 2006, sob a alegação da Prefeitura de Aracruz de que havia risco de desmoronamento no local onde residiam, as pessoas passaram a viver na expectativa de receber uma casa para morar.
Segundo o defensor público e membro do Núcleo de Defesa Agrária e Moradia, Rafael Portella, que atendeu os moradores, a reunião serviu para que documentos fossem entregues e relatos fossem apresentados para que uma solução futura.
"Ouvimos relatos dos moradores, recolhemos documentos. Foi uma reunião embrionária para que possamos saber a quem devemos oficiar. Só depois de analisar esses documentos é que poderemos saber se vamos oficiar o Estado, se vamos oficiar a Prefeitura (de Aracruz), se vamos oficiar o Ministério Público. Somente depois é que poderemos saber o que vamos fazer. Se será uma solução judicial ou mesmo extrajudicial", assinalou o defensor Rafael Portella.
Ex-líder comunitário de Nova Santa Cruz, Fabiano Barros destacou que a reunião foi proveitosa e que o defensor público solicitou outros documentos.
"O defensor público nos pediu outros documentos para que possamos provar essa situação dos moradores. Ele não estabeleceu prazos, mas vou agilizar os documentos para que o problema possa ser solucionado mais rápido possível", disse Fabiano Barros.
Em relato feito ao defensor público, vários moradores de Nova Santa Cruz disseram que passam constrangimento por causa dos constantes atrasos nos pagamentos do aluguel social.
Já em entrevista concedida à Web Rádio Voz do Piraqueaçu, outras pessoas disseram que a Prefeitura apresenta uma lista de exigências. Depois de cumprir todos os itens da relação oficial, a Prefeitura estaria apresentando outras tantas exigências.