Uma antiga reivindicação da comunidade de Itaparica, no distrito de Santa Cruz, está próxima de sair do papel. Pelo menos, é que a população local tem ouvido nos últimos meses. A via principal do bairro tem um trecho asfaltado e outro não, o que gera transtornos para todos que trafegam no local.
Os moradores afirmam que o calçamento diminuiria bastante a dor de cabeça da população local, que nos dias ensolarados convivem com poeira e buracos, enquanto nos dias de chuva intensa, como aqueles que atingiu o município na última semana, a lama toma conta da avenida.
O morador Patrick Santos lembra que há muito anos ouve falar sobre o calçamento do bairro onde vive desde que era criança.
“O calçamento ou asfaltamento da via principal de Itaparica valorizaria os imóveis, além de acabar com os problemas da poeira e da lama. Isto iria melhorar a qualidade de vida das pessoas que moram no bairro. Várias lideranças passaram por aqui e ouviram muitas promessas em relação a esse calçamento”, lembrou Patrick.
Patrick também apontou que a Prefeitura, há algumas gestões, se empenhou em asfaltar a avenida Nossa Senhora da Penha, também no bairro Itaparica, mas que nem saída tem.
Já a moradora Deize de Jesus Coutinho lembra que o assunto foi pauta do Orçamento Participativo em 2007, quando houve a promessa de que se colocaria asfalto e pracinha no bairro.
“Desde então, continuamos convivendo com poeira e lama para chegar onde queremos. A via tem cerca de 500 metros de asfalto. Houve uma época em que uma verba foi destinada ao calçamento, mas não foi concluído. A polêmica era por onde deveria começar o calçamento. Uns queriam que iniciasse na ES-010 e outros queriam que iniciasse pelo bairro São Francisco. Por fim, não começou por lugar algum”, lamentou Deize.
A presidente da Associação de Moradores de Itaparica e Portal (AMIPO), Liceliana Souza, acompanhou de perto a comitiva que esteve em Brasília, em junho, em junho, para solicitar a destinação de uma emenda parlamentar ao deputado federal Marcus Vicente (PP), que beneficiaria a comunidade. A líder comunitária foi à Capital Federal ao lado dos vereadores Romildo Broetto (PV), Carlinhos do Josiel (PP) e Toni Loureiro (PP).
Ela explicou que a questão do calçamento depende de liberações por parte da Caixa Econômica Federal. Segundo ela, o parlamentar destinou quase R$ 4 milhões para o calçamento da via principal de Itaparica.
“O dinheiro já está empenhado. Mas agora falta a aprovação dos projetos por parte da Caixa, que exigiu a apresentação de projetos pelo SAAE e pela EDP Escelsa. Do SAAE, foi exigido o projeto de rede de esgoto. Já a EDP teve que apresentar um projeto de deslocamento de postes de iluminação pública. Esta é uma obra urgente. Em períodos de chuva, a via fica intransitável”, reclamou Liceliana.
O vereador Romildo Broetto explicou que a obra, antes de ser autorizada, precisa passar por um trâmite.
“A Prefeitura de Aracruz já tinha um projeto desde 2015. Agora tudo depende da aprovação dos projetos por parte da Caixa, que é onde foi depositada a emenda parlamentar. A informação que temos é que a Caixa devolveu o projeto da EDP para alguns ajustes. A empresa precisa realizar o deslocamento de alguns postes. São detalhes técnicos”, explicou o vereador.
O parlamentar disse ainda que faltavam três itens para que a verba fosse liberada. Segundo ele, a Prefeitura teria se comprometido a devolver o projeto à Caixa até esta segunda-feira (12 de novembro) para, em seguida, abrir a licitação.
“Temos cobrado do Executivo, da Secretaria de Obras, porque esse é um anseio de toda a comunidade que vive em Itaparica”, assinalou Romildo.