Existe uma luz no fim do túnel na questão do aumento de 8,73% no valor das passagens de ônibus em Aracruz. Foi protocolado na Câmara Municipal um pedido de audiência pública para que a sociedade civil organizada possa discutir a majoração juntamente com os vereadores, a Prefeitura e os empresários.

O pedido foi protocolado na noite da última terça-feira (5 de fevereiro) pelo vereador Alcântaro Filho, que entende ser necessária a discussão.

“A audiência pública visa promover o diálogo entre vereadores, sociedade, Prefeitura e empresas, a fim de apresentarmos os problemas e buscarmos em conjunto soluções para a melhoria do transporte, sendo também uma oportunidade de cobrarmos a revogação do aumento”, justificou Alcântaro.

Durante a 88ª sessão ordinária, realizada na segunda-feira (4 de fevereiro), além de Alcântaro, os vereadores Paulo Flávio (PRB), Bibi Rossato (PSL), Carlinhos do Josiel (PP), Marcelo Nena (PSL), Mônica Cordeiro (PDT) e Romildo Broetto (PV) utilizaram a tribuna para discursar sobre o assunto.

“Quero me fazer solidário ao apelo da comunidade quando se fala no aumento das passagens. Temos que dialogar com o Executivo. É o melhor caminho. Só ele pode reverter, só ele pode baixar o decreto e nós podemos trabalhar de forma conjunta”, defendeu Marcelo Nena.

“Se pelo menos tivesse ônibus. Para falar a verdade, faz vergonha mesmo o transporte público de Aracruz da maneira como está. Quer aumentar a passagem, mas querem botar ônibus de qualidade, muitas vezes, todo sucateado”, reclamou Bibi Rossato.

O aumento de 8,73% nas tarifas de ônibus foi aprovado durante reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (COMTRAT), ocorrido no dia 3 de janeiro, data em que apenas o Conselho Popular de Aracruz (CONSPAR) opinou contrariamente ao reajuste.

Na ocasião, Liceliana Souza, representante do CONSPAR, defendeu que a tarifa deveria garantir pontualidade, menor lotação e veículos confortáveis.