A população de Aracruz pressionou e nesta segunda-feira (18 de fevereiro) recebeu uma resposta positiva do Legislativo Municipal. O presidente da Câmara, Paulo Flávio Machado (PRB), leu durante a 90ª Sessão Ordinária o aviso de que a Casa de Leis realizará audiência pública para discutir o reajuste de 8,73% na passagem dos ônibus coletivos.

Está marcada para o dia 13 de março, às 18 horas, na Câmara, a audiência pública para a discussão do transporte coletivo do município de Aracruz.

Segundo o presidente, tomando por base a lei 2.545/2003, haverá 10 vagas para expositores, que serão distribuídas da seguinte forma: 10 minutos para vereadores, representantes da sociedade civil organizada e membros do Poder Executivo, podendo valer-se de seus assessores.

A população vem cobrando do prefeito Jones Cavaglieri (SD) a revogação do decreto que autorizou o aumento das passagens das viações Cordial e Expresso Aracruz, que começou a vigorar no dia 1º de fevereiro.

No início de janeiro, o Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (COMTRAT) aprovou o aumento da tarifa, tendo apenas o voto contrário do Conselho Popular de Aracruz (CONSPAR).

Contrariada com o aumento da passagem, a população se reuniu e criou o Movimento #NossaAracruz, que tem por objetivo discutir os problemas da cidade.

O Movimento #NossaAracruz criou um abaixo-assinado exigindo do prefeito a revogação do decreto que determinou a aplicação do índice de 8,73% na tarifa do transporte coletivo. Vários representantes de diversas localidades têm se empenhado na coleta das assinaturas de moradores do município.

Durante a sessão desta segunda-feira, populares portando cartazes demonstraram a insatisfação com alguns vereadores.

Quinze parlamentares assinaram o documento com o pedido de audiência pública. Apenas os vereadores Carlito Candin e Lula não assinaram o requerimento.

“Tenho ouvido de muita gente dizendo que sou inimigo do povo. Não contam a minha dedicação ao povo de Aracruz. Tenho trabalho prestado. E por isso não me tira o sono…”, discursou o vereador Lula durante a sessão, ainda que não tivesse justificado o fato de não ter assinado o requerimento.