Seria cômica se não fosse trágica a história do malfadado projeto de lei do Executivo que instituiria um terço de férias e ticket alimentação ao prefeito, vice-prefeito, secretários, Controlador-Geral, Procurador-Geral, presidente do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município de Aracruz (IPASMA) e presidente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE). O projeto foi retirado de pauta, depois da manifestação popular em torno dos benefícios que seriam concedidos.
Em um grupo de Whatsapp foi divulgado um áudio com a resposta do prefeito Jones Cavaglieri (SD) informando que o projeto teria sido enviado para a Câmara Municipal por engano.
“Na verdade aquele era um projeto de 2016… 2017 e que eu pedi para engavetar, que eu não iria fazer aquilo e tal… E ele acabou vindo no meio dos projetos, eu não sei como. Estou identificando isso aqui. Ele acabou indo para a Câmara, mas eu já mandei pegar de volta, mandei recolher. Porque eu não vou fazer isso. Eu não vou fazer nem para mim e nem para secretários. Isso estava decidido desde o início do mandato. Nós não vamos criar despesas. Então, já mandei recolher o projeto e não vai nem ser apresentado. Pode ficar tranquilo. Você pode falar com seus amigos aí, que eu sei que você me defende, e eu estou decepcionando, que foi por engano para a Câmara e ele já está de volta. Já mandei pedir. Ele retorna e vai para o arquivo”, diz o prefeito Jones ao seu interlocutor.
Nos diversos grupos, o áudio foi amplamente divulgado, o que acabou virando chacota. Em uns grupos algumas pessoas defendiam o prefeito afirmando que o projeto foi incluído na pauta de forma equivocada, tal qual Jones Cavaglieri alegou. Outras pessoas afirmavam que o prefeito queria justificar o injustificável, afinal, o documento estava datado de 7 de fevereiro de 2019. O questionamento era se realmente o prefeito teria enviado o projeto de lei equivocadamente.
Certo é que, durante a 90ª Sessão Ordinária, realizada nesta segunda-feira (18 de fevereiro), depois de várias manifestações populares e de diversas críticas até mesmo por vereadores de sua base, o prefeito sofreu uma derrota e teve que recuar, retirando seis dos oito projetos enviados à Casa de Leis.
“Estava deitado quando recebi um Whatsapp. Achei que estava sonhando quando vi aquilo. Fiquei tão decepcionado que o domingo acabou para mim. Fiquei triste, decepcionado. Esse projeto tem que jogar na lixeira. Isso para mim é uma vergonha para o município de Aracruz”, desabafou o vereador Adeir do Gás.
“Uma notícia que acabou com o final de semana de todo mundo. O fato de ser base não quer dizer que concordamos com tudo que vem de lá. E se hoje estivesse em votação, e o meu voto fosse para desempatar, eu votaria contra. Acredito que se o prefeito tiver bom senso, ele manda arquivar esse projeto e nunca mais manda para esta Casa”, disse o presidente da Câmara, Paulo Flávio, aliado do prefeito.
Outros projetos também entraram na discussão acalorada dos vereadores, como foi o caso do projeto 005/2019 com a solicitação de suplementação no Orçamento 2019, aprovado em janeiro, durante sessão extraordinária.
Na sessão, o presidente da Casa recebeu ofício do Executivo solicitando a retirada de pauta dos projetos.
TA FALANDO MAL AGORA PQ PAROU DE MAMAR , ENQUANTO ESTAVA NA PREFEITURA MAMANDO TAVA CALADA ,NE GILCINEIA
Há quem acredite em papai noel, porque não acreditar então nessa desculpa esfarrapada do prefeito, que só retirou o projeto de lei por causa da reação popular? Há quem acredite em coelhinho da páscoa, porque não acreditar que se o projeto fosse para votação os 12 apóstolos paus mandados de jones votariam contra?? E vereador comprador,por acaso tem o direito de votar contra???