Após o completo silêncio dos responsáveis acerca do problema do transporte coletivo em Aracruz, a Câmara Municipal, com a assinatura de todos os vereadores, apresentou nesta segunda-feira (1º de abril) requerimento para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar falhas e identificar os problemas do transporte no município.

No dia 13 de março, a Casa de Leis promoveu a Audiência Pública para ouvir os anseios da população, através do Movimento #NossaAracruz, e também os atores envolvidos diretamente no setor como o secretário de Transportes e Serviços Urbanos de Aracruz, Paulo Neres, o diretor da Expresso Aracruz, Ortêmio Locatelli, e o diretor da Viação Cordial, Carlos Fernando Vieira. O prefeito Jones Cavaglieri não compareceu à audiência pública.

Na ocasião, o secretário Paulo Neres afirmou que deveria ser aberto um canal de comunicação com o Movimento #NossaAracruz, o que não aconteceu.

Agora, a Câmara terá um prazo de 180 dias para dar prosseguimento à CPI do Transporte, podendo ser prorrogada por igual período. O presidente da Câmara, Paulo Flávio Machado, apontou, pelo menos, quatro justificativas para a instalação da CPI.

Segundo ele, o elevado preço das passagens, o número insuficiente de ônibus nas diversas linhas, a superlotação dos veículos e a indisponibilidade de horários são alguns dos motivos que baseiam a CPI.

Paralelo à instalação da CPI, a expectativa de todos os usuários do transporte coletivo de Aracruz é que o prefeito Jones Cavaglieri revogue o aumento das passagens, que passou a vigorar a partir de 1º de fevereiro.

O aumento foi aprovado pelo Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (COMTRAT), em reunião realizada em janeiro deste ano.