Os vereadores de Aracruz têm duas semanas para decidirem se derrubam ou não o veto do prefeito Jones Cavaglieri (SD) ao projeto de lei 014/2019, de autoria das vereadoras Dileuza Marins Del Caro (PSB) e Mônica de Souza Pontes Cordeiro (PDT), que dispõe sobre regras a serem adotadas no âmbito do município no que tange à violência obstétrica.
Mas, primeiro é necessário explicar qual o significado de tal expressão. O Ministério da Saúde utiliza sua página na internet para explicar.
“É a violência cometida, em serviços de saúde, contra a gestante e sua família durante o pré-natal, parto, pós-parto ou abortamento”, detalha o informativo.
Ainda de acordo com a explicação oficial do Ministério da Saúde a violência obstétrica tem várias formas:
“Pode ser verbal, física, psicológica e até sexual. Essas atitudes podem gerar responsabilização administrativa, civil e penal para os profissionais que a cometerem”.
Uma das autoras do projeto de lei, a vereadora Dileuza acredita que o veto do prefeito foi uma questão de interpretação, como muitos entendimentos jurídicos.
“Nosso projeto recebeu parecer favorável na Procuradoria da Câmara e passou por todas as Comissões da Casa e foi aprovado por unanimidade na votação em Plenário. Porém na hora de sancionar a lei o prefeito municipal, através da sua Procuradoria, alegou ser um projeto inconstitucional. Devido ao veto do prefeito, o projeto e as razões do veto, retornaram às Comissões da Casa. Nesta fase estamos estudando as alternativas que temos para que possamos com embasamento jurídico derrubarmos o veto e fazer valer a lei”, assinalou a vereadora.
E ela acrescentou:
“Como tudo no meio jurídico a questão de inconstitucionalidade ou não de um projeto, muitas vezes, se trata apenas de interpretação, e como disse, estamos buscando alternativas legais para provarmos nosso posicionamento. Quanto à aprovação ou derrubada do veto é preciso uma votação com maioria absoluta dos votos da Casa”.
A razão do veto por parte do chefe do Executivo foi detalhada em mensagem enviada à Casa de Leis, imputando ao PL 014/2019 a ilegalidade e a inconstitucionalidade.
“Apesar da relevância da matéria, não podemos descurar da análise técnica do projeto de lei aprovado pelas ilustres Vereadoras e Vereadores da Câmara Municipal de Aracruz/ES. Desse modo, a análise jurídica circunscrever-se-á sob dois aspectos: (1) iniciativa do projeto de lei e (2) competência para legislar sobre a matéria”, diz um trecho da mensagem.
Em suma, o Executivo explica que a iniciativa de apresentar o projeto é dele e não do Legislativo, pois se assim fosse, a Casa de Leis estaria tomando para si a responsabilidade de determinar regras da administração. Isto significa que, as atribuições de secretarias de governo devem ser ditadas pelo Executivo.
Para fundamentar sua justificativa, o Executivo apresentou diversos julgados em que havia iniciativa do Legislativo, sendo considerados inconstitucionais.
Explicação do Ministério da Saúde sobre violência obstétrica
EXEMPLOS DE VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA
- Impedir que a mulher tenha um acompanhante;
- Exigir que o acompanhante seja outra mulher;
- Restringir os horários de acompanhamento;
- Condicionar a presença do acompanhante à autorização do médico plantonista ou utilizar frases como ‘essa lei não existe aqui’;
- Ocultar informações claras sobre o estado de saúde da mulher;
- Não oferecer opções para alívio da dor;
- Impedir que a mulher se movimente, beba água ou coma alimentos leves durante o trabalho de parto;
- Realizar exame de toque vaginal repetidas vezes, sob pretexto de ‘ensinar os estudantes a realizarem o toque’;
- Fazer piadas, dar broncas, xingar ou impedir que a mulher se expresse durante o trabalho de parto;
- Dizer expressões como ‘na hora de fazer não reclamou’ ou ‘cale a boca para a criança não nascer surda’, entre outros.
Fonte: Ministério da Saúde
Parabens ... belíssima iniciativa das vereadoras
Parabéns pela materia e conte sempre conosco. Nosso gabinete está sempre à disposição para quaisquer esclarecimentos.
FICO SO VENDO A VEREADORA EDILEUZA E A MONICA CORDEIRO QUANDO O PREFEITO ENVIA PROJETO PARA CAMARA PARA SER VOTADO TUDO DE INTEREÇE DA COLETIVIDADE ELES NEM VE O PROJETO HA VOTA CONTRA AI QUANDO ELES FAZ UM PROJETO MEIO QUE DUVIDOSO QUER QUE O PREFEITO SANCIONA NUMCA VI TANTA SIMPATIA ASIM 3E DE RIR JA NA RETA FINAL ESTES VEREADOR DA OPOSIÇAO COM MUITO DESGASTES QUERE DE QUALQUER JEITO SE APARECER BOA NOITE