Enquanto muitos encontros, debates, aniversários e casamentos deixam de acontecer em todo o Espírito Santo, núpcias ciganas aconteceram desde a quinta-feira (11 de junho) e teve continuidade nesta sexta-feira (12 de junho) em Praia Grande, distrito de Fundão. O município encontra-se na zona de risco alto do Mapa de Risco do Governo do Estado. Nos festejos houve uma aglomeração, segundo a Polícia Militar, de mais de 200 pessoas.

No início da noite desta sexta-feira, o juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual, Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde de Vitória, Júlio César Costa de Oliveira, determinou que cessem imediatamente as festas do casamento, sob pena dos organizadores dos festejos, bem como os noivos responderem, civil e criminalmente, pela continuidade do ato.

O município de Fundão ajuizou ação civil pública em face dos organizadores da festa de casamento em Praia Grande.

FESTA

A festa contrariou não só o decreto estadual do governador Renato Casagrande que determina que não haja festejos, como também decreto municipal do prefeito Joílson Nunes, o Pretinho, que também dispõe sobre a intolerância às aglomerações.

A Polícia Militar foi acionada e, assim que chegou à festa, juntamente com servidores da Prefeitura de Fundão, teria informado sobre as determinações legais para que não haja aglomerações. 

De acordo com informações da PM, os convidados teriam afirmado que não teriam conhecimento da legislação vigente. 

Além da aglomeração, havia também bebida alcoólica, de acordo com relato do gerente de Defesa Civil de Fundão, Valfran Nunes, que participou da ação, 

“No momento da abordagem (na quinta-feira) houve orientação. Não houve agressões, não houve restrições à abordagem. Eles deixaram claro para a corporação da Polícia Militar e para a Prefeitura Municipal de Fundão que eles estavam suspendendo a festa”, contou Valfran.

Embora tenham dito que suspenderiam a festa, nesta sexta-feira as núpcias ciganas voltaram a aglomerar novamente.

“Fomos surpreendidos com o dia de hoje. A festa continuava no decorrer da noite e recebemos novamente o chamado para comparecer em Praia Grande por volta de 9 horas. Houve abordagem. Havia até ordem de prisão para os responsáveis da festa por descumprir um decreto tanto municipal quanto estadual”, contou o gerente de Defesa Civil.

Os responsáveis pelo casamento não foram encontrados e uma viatura da PM permaneceu no local para garantir que a aglomeração não ocorreria novamente.