A denúncia de fraude em contratação de UTI Móvel apresentada pelo vereador de oposição Alcântaro Filho (PSD) durante a 150ª Sessão Ordinária realizada na última segunda-feira (29 de junho) pegou o prefeito Jones Cavaglieri (SD) de surpresa. Ainda durante a sessão, o parlamentar conseguiu a aprovação de seu requerimento para que fosse enviado ao chefe do Executivo pedido de exoneração da secretária Municipal de Saúde, Clenir Sani Avanza.
O prefeito Jones Cavaglieri afirmou que se surpreendeu com o teor das denúncias apresentadas pelo parlamentar, mas garantiu que irá esclarecer ponto por ponto das acusações. Ele afirma que a verdade sempre prevalecerá e disse confiar que sua equipe saberá explicar cada item do documento acusatório.
Nesta terça-feira (30 de junho), o prefeito Jones Cavaglieri gravou um vídeo para que fosse compartilhado em suas redes sociais. O discurso do prefeito segue transcrito logo abaixo:
“Amigos e amigas de Aracruz, fomos surpreendidos por uma denúncia na Câmara de Vereadores. Já solicitei uma reunião emergencial com a secretária de Saúde e os envolvidos no processo. O marco da minha administração sempre foi a transparência e a honestidade. E disso não me afastarei nunca. Confio e quero que todos os pontos controversos sejam esclarecidos. E conto com a sua confiança. A verdade vai sempre prevalecer e eu estou à disposição da nossa gente para deixar tudo em pratos limpos. Muito obrigado”.
DENÚNCIA
O vereador Alcântaro Filho usou a fase dos requerimentos para apresentar a denúncia de que a contratação da empresa o aluguel de UTI Móvel durante seis meses, além de ser superfaturada teria também sido fraudada.
Segundo ele, apenas três empresas teriam se apresentado para fornecer tal serviço. A primeira colocada, a Removida Serviços Médicos, do sócio-administrador John Lennon Sala Damiani, a SGS Serviços Médicos Ltda, de Simone Gonçalves Sala, mãe de John Lennon, e a Ágape Home Care Ltda.
Ainda de acordo com a denúncia de Alcântaro Filho, a SGS e a Ágape não teriam condições de prestar tal serviço por não possuir veículo para atender a demanda de Aracruz para o atendimento de pacientes da Covid-19.
A denúncia de superfaturamento na contratação de UTI móvel já havia sido encaminhada desde o início deste mês ao Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), MInistério Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCE-ES).
No documento assinado pelos vereadores Alcântaro, Adeir do Gás (PTB), Celson da Farmácia (Republicanos), Dileuza Del Caro (PSB), Marcelo Nena (PSL), Fábio Netto (PC do B) e Paulo Flávio (Republicanos), a contratação girou em torno de R$ 73 mil ao mês, o que geraria uma despesa de aproximadamente R$ 438 mil ao final de seis meses.
O vereador Alcântaro verificou que a mesma ambulância com os mesmos serviços custou ao município de Fundão, vizinho de Aracruz, um total de R$ 126 mil.
Cara de pau. É ele que libera a verba agora fala que não sabia o que está acontecendo.