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Expresso Aracruz: Família de Itaparica clama por justiça e pagamento de indenização

Publicada em 27/11/20 às 12:30h - 2567 visualizações

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Expresso Aracruz: Família de Itaparica clama por justiça e pagamento de indenização
Débora está com câncer e Valdinei, demitido de empresa, não foi devidamente indenizado  (Foto: Divulgação)

Às vezes é preciso usar todos os artifícios possíveis para tentar resolver um problema que foge do alcance das mãos. A família de Débora Gomes, acometida de um câncer, tem vivido de doações, já que o marido dela, Valdinei Ferreira de Souza, que é motorista de profissão, encontra-se desempregado e sua indenização ainda não foi totalmente paga pela empresa Expresso Aracruz.


Débora conta que no início da pandemia do coronavírus, ainda em março, a Expresso Aracruz deu férias para Valdinei. E, em seu retorno à empresa, recebeu o aviso prévio e foi demitido.


De lá para cá, Valdinei tem vivido em busca de soluções para seu problema. Uma solução encontrada foi gravar um vídeo relatando um pouco de sua angústia.


“Este é um pedido de socorro. Minha mulher está com um câncer e eu trabalhei na Expresso Aracruz por três anos de sol a sol. Nunca cheguei atrasado, nunca perdi um dia de serviço, nunca me envolvi em acidente. Minha parte eu fiz. E hoje tenho que ver meus filhos pedirem um leite e eu não tenho um leite para dar. Minha mulher está em tratamento, precisou de um remédio e não pude dar. Eles não me pagaram. Não recebi 13º salário, férias, nada. Não tinha um centavo de Fundo de Garantia (FGTS) depositado”, denunciou o motorista.


Em vídeo, Valdinei cobra ação do prefeito Jones Cavaglieri, dos 17 vereadores da atual legislatura, mas também cobrou ação efetiva da próxima gestão e dos parlamentares que assumirão cadeiras na Câmara Municipal.


Débora, em um momento de desabafo, diz que o marido quer apenas o que é direito dele.


O advogado do Sindicato dos Rodoviários (Sindirodoviários), Felipe Pesse, explicou que a empresa Expresso Aracruz fez um acordo com os funcionários demitidos, intermediado pelo Sindicato.


“Ficou acordado que o pagamento das verbas rescisórias seriam pagas de forma parcelada, tendo em vista a situação alegada pela empresa, o que foi aceito. Contudo, a empresa está atrasando o pagamento do acordo. O Sindicato vem atuando há meses, tendo participado de reuniões junto às empresas de transporte público e a Prefeitura, por intermédio da Secretaria de Transportes, mas não conseguimos chegar a uma solução de modo administrativo”, explicou o advogado.


Como o problema parecia longe de ser sanado e o acordo não foi cumprido, o Sindicato está informando a situação ao juízo de Aracruz.


“Sendo assim serão tomadas as medidas restritivas para que o acordo seja cumprido. Já entramos com o pedido, que passará pela análise da Justiça do Trabalho para tomar as providências cabíveis. Tendo em vista o descumprimento do acordo, fica estipulado o vencimento antecipado das parcelas vincendas (que ainda não venceram), possibilitando a imediata execução do presente acordo, perante o Juízo da Vara do Trabalho de Aracruz. Os valores serão cobrados com juros e correção monetária”, explicou o advogado.


O prazo para verificar a situação de Valdinei pela Justiça do Trabalho não é determinado, mas o advogado elogiou a atuação da corte trabalhista.


“A Justiça do Trabalho de Aracruz é bastante diligente. Em outras situações ela já diligenciou o acordo para a Contadoria para atualizar o valor devido e intimou a empresa em menos de 48 horas, após a informação de descumprimento, para prestar esclarecimentos. A própria Justiça do trabalho vêm pedindo para informar se houve o cumprimento ou não das condições”, detalhou Felipe Pesse.


Quanto ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que ainda não foi pago a Valdinei, o advogado disse que é necessário ver a situação, em especial a do motorista.


“Tenho que verificar o acordo em específico, pois as parcelas do valor devido na rescisão podem ou não englobar alguma parcela de FGTS em atraso, porém, no ato da rescisão, o que por ventura tinha depositado de FGTS foi sacado normalmente, pois a rescisão foi feita sem justa causa, o que possibilita o saque. O ponto principal da problemática é que os trabalhadores aceitaram o parcelamento por entender o momento da empresa. Contudo, a contrapartida da empresa não foi cumprida, que era apenas pagar o que era direito. O Valdinei não está cobrando nenhuma verba além do que é seu por direito”, defendeu o advogado.





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