A manifestação de comerciantes de Aracruz contra os decretos estadual e municipal e pela abertura das lojas fez com que a 6ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal, realizada nesta segunda-feira (22 de março), tivesse o tempo dos discursos dos vereadores inscritos reduzido de cinco para três minutos.
Durante o tempo que os vereadores tiveram para seus discursos destacaram-se os problemas da mordomia concedida pelo Município a servidores, secretários, Procurador-Geral e Controlador-Geral e também a propagação de Covid-19 nas linhas de transporte público de Aracruz.
Superlotação e redução da frota de ônibus que atendem à população do município foram apontadas como formas de disseminar o vírus e agravar ainda mais a situação sanitária de Aracruz.
O vereador Bibi Rossato, juntamente com os vereadores Cecéu, Adriana Guimarães e Roberto Rangel, apresentaram requerimento conjunto para que a Secretaria de Transportes e Serviços Urbanos providencie uma solução para o problema.
Assim como os colegas, o vereador Marcelo Nena também apresentou requerimento para que os ônibus circulassem com 100% da frota para evitar aglomerações.
Aliás, um dos argumentos dos manifestantes do comércio é justamente este. “Existe muito mais aglomeração dentro dos ônibus que circulam em Aracruz do que dentro do comércio”.
DITADURA
Durante a fase das comunicações, a vereadora Adriana Guimarães demonstrou sua indignação com “alguns secretários”. E emendou que não vai permitir que a censurem. “Acho que estamos no governo da ditadura porque a vereadora não pode mais se manifestar, a vereadora não pode mais fazer vídeo. Eu sempre fiz e sempre irei fazer. Estou no século XXI. Será que vou ter que voltar à ditadura deste município?”, questionou a parlamentar.
E ela acrescentou:
“Eu não vou me calar. Estou aqui para fiscalizar e irei falar tudo que eu achar que estiver errado. Então, que o governo possa rever seus atos porque esta vereadora não irá se calar nesta casa”, avisou.