Não é a primeira, nem a segunda e nem a terceira vez que a servidora da vacinação da UBS Santa Cruz tem sua postura profissional questionada. A reclamação em relação ao tratamento dispensado aos cidadãos se repete reiteradamente. Desta vez, foi a mãe de uma garotinha de apenas dois meses que passou por uma situação desagradável por conta da atitude da funcionária.

A cidadã precisou comparecer algumas vezes no posto do distrito para tentar vacinar sua filha. Na primeira tentativa da mãezinha, ela não conseguiu porque precisaria do cartão do AMA e a servidora da vacinação teria procurado sem achar. Na segunda vez que retornou ao posto, a secretária da UBS informou que o cartão já estava lá há algum tempo, ou seja, faltou um pouco mais de boa vontade da servidora para procurar.

Mas tudo bem. Ela não é obrigada a entender da burocracia, já que a sua função é atender o público. 

Ocorre que o seu atendimento ao público é tão eficiente quanto sua habilidade com os papéis. E vale lembrar que um dos princípios constitucionais que rege a administração pública é justamente o da eficiência, algo que a tal servidora deveria ter que aprender.

Sua falta de tato e de humanidade parece não ter limites. Ela deixou a mãe e o bebê de dois meses à espera da vacina porque julgou que deveria atender todos que estavam na fila de vacinação, expondo a criança e a mãe a contaminação por Covid-19, por exemplo.

“Gostaria de saber por qual motivo, uma lactante deveria aguardar pessoas que estavam na filha de vacinação do Covid-19, expondo uma criança ao vírus, ainda por cima, sem fiscalização adequada da filha, gerando assim aglomeração no posto”, assinalou a cidadã.

Ao contrário da servidora, as pessoas que estavam na fila se sensibilizaram com a situação e permitiram que ela passasse na frente de todos e vacinasse a filha.

“Disse a ela que minha filha precisava ter sua fralda trocada e ela nada me respondeu. Então, eu a troquei lá. Mas ela já foi dizendo que tinha mais coisa pra fazer. E disse isso de forma bem mal educada”, contou a cidadã.

Como não tem costume de “bater boca” com ninguém, ela preferiu utilizar as redes sociais para contar sobre o ocorrido. E imediatamente uma enxurrada de relatos deram conta de que o atendimento da citada servidora é sempre o mesmo. 

Em maio deste ano, a reportagem da Voz do Piraqueaçu registrou a servidora tratamento do mesmo jeito um diabético que teria chegado no último momento de seu plantão para vacinar contra a Covid-19. Ocorre que o cidadão chegou às 15h05, mas o posto encerra o expediente às 16 horas.

PREFEITURA DE ARACRUZ

Assim que tomou conhecimento sobre o ocorrido a reportagem enviou alguns questionamentos à Secretaria de Comunicação da PMA que afirmou tê-los enviado ao setor responsável.

Segue abaixo a mensagem da Voz do Piraqueaçu enviada à PMA:

Bom dia!

No dia 14 de maio do corrente ano um diabético teve problema com o tratamento de uma servidora da UBS Santa Cruz.

Na ocasião, a PMA emitiu nota afirmando que iria apurar o caso para tomar providência.

Novo fato, semelhante ao anterior, foi registrado. Desta vez com a mãe de um bebê de apenas dois meses. Mal tratada pela servidora da vacinação, ou seja, mesmo setor da reclamação do cidadão diabético.

- Qual a providência tomada pela PMA?

- Por que a PMA não desloca a servidora  para trabalhar longe do público?

- Existe algum Código de Conduta para servidores da PMA? Se existe, ele foi aplicado à servidora em foco?

No mais, grata pela atenção!

Ps.: Nosso deadline (prazo limite) hoje é 17h

Att.

NOSSA OPINIÃO

Isto acontece porque faltou gestão da crise na primeira vez que o fato ocorreu. A nossa reportagem solicitou uma resposta oficial da Prefeitura de Aracruz acerca do assunto e a nota enviada dizia, na época, que o fato seria apurado e as providências seriam tomadas.

Prefeito, prefeitoooo! Cadê o prefeito médico, que dizia que cuidaria da população com todo amor e respeito? Cadê o médico do coração que para se eleger abraçou mães e pais de várias crianças, de vários bebês, e disseminando a promessa de uma saúde de primeiro mundo?

Isso é desumano. A população procura a Unidade Básica de Saúde porque precisa. Não vai lá para se divertir ou para curtir um hobby. Os cidadãos e cidadãs vão lá em busca da cura de alguma doença. Vão lá em busca de vacina.

Então, está passando da hora do prefeito médico cobrar de sua Secretaria de Saúde uma ação mais efetiva e até punitiva para que fatos desumanos como o relatado nas matérias não se repitam reiteradamente como vem se repetindo.

É como pensamos! Torcemos para que o assunto tenha uma solução favorável à população. Não dá para acompanhar esses fatos sem sentir uma pontinha de tristeza com a desumanidade.