Admirada e elogiada por muitos usuários da UBS Santa Cruz, a enfermeira Regina Barth está de malas prontas para subir mais um degrau em sua vida profissional. Ciente de sua função como servidora pública, a profissional destaca as qualidades que se deve ter para lidar com o cidadão que chega a um posto de saúde.
Recém-aprovada no curso de Medicina, Regina embarcará em breve para o Paraná, estado onde vai estudar. A enfermeira atuou na UBS Santa Cruz nos últimos anos e sabe das necessidades da população local. Diante disso, ela se sentiu na obrigação de deixar algumas sugestões para quem for trabalhar no local.
“O acolhimento aos usuários é muito importante. Através do acolhimento é possível encaminhar ao PA ou à UPA com um pré-diagnóstico. Isso acaba encurtando a via pela qual o paciente tem que passar. Desta forma é possível identificar a gravidade/urgência de cada caso. Assim que o paciente sai da Unidade de Saúde, eu entro em contato com os profissionais que atenderão o paciente para informar qual o quadro dele”, explicou a enfermeira.
Ela explica que ninguém saía da UBS Santa Cruz sem uma prévia avaliação de seu quadro.
“Utilizo o protocolo Manchester antes de enviar o paciente a outra unidade. Eu o classifico com muito cuidado e indico qual o risco que cada um corre antes de chegar a outra unidade. E quando ele chega lá, os profissionais já sabem o que devem fazer”.
Ao ser informada pela reportagem da Voz do Piraqueaçu sobre o caso ocorrido com a bebê de dois meses e sua mãe na UBS Santa Cruz, Regina lamentou o fato e frisou que o atendimento ao público deve ser humanizado.
“Até mesmo para se dizer algo negativo é preciso ter tato. Estamos lidando com pessoas que chegam ao posto não porque querem, mas porque necessitam. São seres humanos que merecem nossa atenção e dedicação. O trabalho do servidor público da saúde deve ser atencioso. É preciso ter sensibilidade com a dor do outro”, assinalou Regina Barth.
SAIBA MAIS
O protocolo Manchester funciona com base em uma escala adotada pela instituição de saúde, geralmente dividida em cores. Ao chegar à unidade, o paciente é examinado por uma enfermeira que avalia seu quadro clínico geral, por meio de anmnese e checagem dos sinais vitais.
CORES
Vermelho (emergência): os casos de emergência são aqueles em que os indivíduos estão com risco de morte ou em condições de extrema gravidade;
Laranja (muito urgente): a cor laranja também identifica os pacientes urgentes, mas em um nível um pouco menos elevado do que o anterior;
Amarelo (urgente): nos casos urgentes, podemos considerar que existem riscos para o paciente, mas eles não são imediatos. Assim, o tempo de espera pode chegar a até 1 hora;
Verde (pouco urgente): os casos menos graves são identificados com pulseiras verdes e têm um tempo aceitável de espera de até 2 horas;
Azul (não urgente): para finalizar, os quadros mais simples são identificados pela cor azul e aceitam até 4 horas de espera.
Fonte: Morsch Telemedicina