A chuva e o frio não impediram moradores da Praia do Sauê, na Orla de Aracruz, de paralisar a rodovia ES-010, no início da manhã desta segunda-feira (16 de agosto), para reivindicar uma solução do Município para o problema do transporte público.

E não foram apenas moradores do Sauê que saíram às ruas. Também engrossaram a linha de frente do protesto os moradores do bairro Santa Marta, que fica na Barra do Sahy.

“Precisamos de melhoria no transporte”, “Fora Expresso”, “Socorro Tribunal de Justiça”. Essas foram algumas frases impressas em cartazes que estavam com os moradores da Praia do Sauê.

A reivindicação por melhorias no transporte público do município é antiga. Além das más condições dos veículos, moradores reclamam dos horários, da rota, da falta de compromisso dos donos da empresa Expresso Aracruz e também do alto custo da tarifa dos ônibus.

Segundo a moradora Suely Abrantes, moradora que estava no protesto, a Prefeitura de Aracruz nada pode fazer, já que a empresa está funcionando com o efeito de uma liminar conseguida na Justiça.

“Queremos uma audiência com o doutor Telêmaco (desembargador Telêmaco Antunes de Abreu Filho, vice-corregedor Geral de Justiça), que emitiu a decisão em favor da empresa de ônibus. Queremos dizer a ele que pagamos uma passagem altíssima e não temos horários e nem rota como antes da pandemia. Queremos o retorno de todas as linhas e horários de antes da pandemia, de março de 2020”, frisou a moradora.

Segundo ela, tudo já voltou ao funcionamento normal, menos o transporte.

“Pagamos uma passagem absurda. Eu saio do Rio Preto e vou até Guarapari com R$ 4. Mas para sair do Sauê e ir até a Sede desembolso quase R$ 100 de ida, volta e ainda tenho que comer alguma coisa na rua. A Expresso está funcionando com uma liminar e deveria estar pagando multa, mas nem multa estão pagando”, apontou ela.

Um procedimento de caducidade foi aberto pela Prefeitura, ainda na gestão do ex-prefeito Jones Cavaglieri, por conta das diversas reclamações recebidas pela população. Mas a empresa teria entrado na Justiça e conseguido uma liminar para se manter como uma das concessionárias do Município.

O protesto foi suspenso após uma solicitação da Polícia Militar para que houvesse uma nova reunião, desta vez com a sua participação, para tentarem mais uma vez chegar a um denominador comum.