Uma data memorável para a classe política de Aracruz. Assim pode ser classificada a noite do dia 26 de abril de 2022 (terça-feira), quando foi realizada a 55ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal e aprovado por 10 votos a favor e seis contrários o projeto de lei com reajuste do auxílio alimentação aos servidores públicos, estendendo-se aos parlamentares da cidade.
De acordo com a lei 4.460, de 27 de abril de 2022, em seu artigo 5º, “o valor do auxílio alimentação será reajustado no mês de maio de cada ano, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ou por outro índice que venha a substituí-lo”.
Já o parágrafo único do artigo 1º da mesma lei dispõe: “o benefício de que trata o caput deste artigo (auxílio alimentação) fica assegurado aos vereadores”.
Só para esclarecer aos cidadãos da cidade, este é um benefício que garantirá a alguns profissionais da gestão pública um valor a mais em seu ordenado para a compra de alimentos para suas casas.
O detalhe é que este auxílio também será desfrutado pelos parlamentares, que atualmente recebem subsídios no valor bruto de R$ 8.276,69. Ocorre que tal benefício deve ser pago a quem cumpre horários e atividades determinadas. Diferente dos trabalhadores/servidores comuns, os vereadores não estão vinculados a esses protocolos comuns. E mesmo assim, serão beneficiados com o auxílio alimentação.
Votaram a favor do aumento do Auxílio Alimentação
Adriana Guimarães
Alexandre Manhães
André Carlesso
Bibi Rossato
Carlinhos Mathias
Carlito Candin
Ceceu
Jean Pedrini
Marcelo Nena
Votaram contra o aumento do Auxílio Alimentação
Etienne Coutinho Musso
Leo Pereira
Roberto Rangel
Paim
Tião Cornélio
Vilson Jaguareté
O vereador Lula não votou por ser presidente, embora seja a favor do benefício, tendo sido um dos autores do PL 007/2022, ao lado de outros 15 vereadores.
NOSSA OPINIÃO
Em outras oportunidades já dissemos como nossa opinião que o cidadão de Aracruz é apenas um número na cidade. Suas preocupações, suas penúrias por conta de segurança, de saneamento básico, transporte, saúde, entre outros setores não passam de manifestações em redes sociais e algumas raras e honrosas pessoas que se arriscam a bater de frente com o sistema do “toma lá, dá cá” que existe no município.
No mais, os cidadãos e cidadãs da cidade são apenas número de Título de Eleitor. Porque afinal, esse documento é necessário para manter o “status quo” dessa gente que ocupa as 17 cadeiras do Legislativo Municipal.
Onde estão aqueles candidatos e candidatas que foram eleitos e disseram incansavelmente que “gastaram sola de sapato” buscando votos em suas comunidades para melhorar a qualidade de vida da população?
Será que foram eleitos apenas para garantir seu próprio “pé de meia” para o caso de não conseguir se reeleger em 2024? Que diga-se de passagem está logo ali!
Numa cidade que sofreu com uma pandemia de Covid-19, assim como outras mais de 5.000 por todo país, é inaceitável que esteja tudo bem os vereadores receberem auxílio alimentação com reajustes anuais.
É inaceitável que uma taxa de lixo chegue a R$ 420,00 para um pequeno terreno de 100m² e paralelo a isso um parlamentar que recebe um salário bruto de mais de R$ 8.000,00 tenha o direito de desfrutar de um benefício de mais de R$ 650,00.
Um absurdo e vergonhoso esses vereadores receberem auxílio alimentação, já ganham o suficiente e tem mais uns fazem até churrasco com esse dinheiro e compra para dentro de casa .. enquanto os que votaram neles não tem o que comer
Porcos imundos!