O último final de semana foi inesquecível para os irmãos Nicollas (Nico) e Kauã Silva Raick (Pranchas Sismic). Depois de uma viagem de carro de 23 horas, eles e seus pais, Fabíola e Max, chegaram em Aracaju, Sergipe, para participar da etapa inicial do Circuito Sergipano de Bodyboarding, na Praia da Atalaia. O resultado de tanto esforço não poderia ser diferente: pódio.

Surfando uma onda bem diferente das que estão acostumados, Nico e Kauã faturaram o primeiro e o terceiro lugares da categoria Iniciante.

“Era uma onda diferente, mais cheia. Mas dava para fazer bastante manobra. E ainda tinha a correnteza”, contou Nico.

Embora tenha competido com atletas até mais velhos que ele, Kauã não se intimidou e partiu pra cima.

“Gostei de competir lá (Aracaju). A maior dificuldade mesmo era a correnteza”, constatou Kauã.

Com uma correnteza com a qual não estão acostumados, Nico e Kauã perdiam um certo tempo durante as baterias porque tinham que sair da água e retornar ao local da competição.

“A gente ficava fora da área de competição. Então, a gente saía da água, dava uma corrida pra conseguir voltar para o pico”, relatou Nico.

“A correnteza atrapalha muito. Entrava na água, depois era puxado até lá embaixo. Achei que a correnteza puxa demais lá”, lembrou Kauã.

A alegria dos bodyboarders indígenas é descrita como contagiante pelo promotor de eventos Eduardo Leite, pessoa que recebeu a família Silva Raich em Aracaju. Eduardo convidou os irmãos a participarem da etapa inicial do Circuito Sergipano.

“Estive em Vila Velha no final do ano passado e observei os dois. Depois convidei os irmãos para competirem aqui em Aracaju. Foi muito bom”, elogiou Eduardo.

Eduardo é representante das pranchas Sismic, com as quais Nico e Kauã competiram.