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Meio Ambiente

Polêmica: corte de castanheiras x preservação de restinga

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De um lado estão as comunidades que apreciam as frondosas castanheiras. De outro estão as mesmas comunidades que nem de longe querem sofrer os danos do avanço da areia e do mar como aconteceu em alguns municípios litorâneos capixabas.


Em dezembro de 2016, o Município concedeu anuência ao projeto de supressão das castanheiras.


Por conta da ampliação do Aeroporto Eurico Salles, em Vitória, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuário (INFRAERO) teria que realizar uma compensação ambiental, cumprindo o que determina a Política Florestal do Espírito Santo.


Em levantamento realizado pelo Governo do Estado, juntamente com a administração anterior de Aracruz, a área de 15,5 hectares de restinga (chamada de vegetação nativa) que deveria ser restaurada no município.


De acordo com o diagnóstico realizado pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (IDAF) junto com a área técnica da Secretaria de Meio Ambiente de Aracruz, as áreas na orla de Aracruz encontram-se alteradas por interferência da utilização da praia, presença de espécies exóticas invasoras (castanheiras), erosão advinda do mar e resíduos sólidos (plásticos, pneus e restos de construção).


Para que as comunidades fossem atendidas e o corte das castanheiras não fosse realizado à revelia da população, a administração municipal solicitou ao IDAF e à INFRAERO que realizassem reuniões com as comunidades para que o projeto seja debatido no que tange aos cortes de castanheiras.


Em redes sociais, algumas comunidades (para não dizer todas) demonstraram desagrado com as podas das árvores.


Há uma semana e meia foi realizada uma reunião em Coqueiral para apresentação do projeto das podas das árvores. Desde então, ficou decidido que seria criada uma comissão para que seja discutido o assunto à exaustão.


"A comunidade é contra o corte, porém concorda com o plantio da restinga. Se forem plantar restinga somente, ok. Agora com o corte de castanheiras a comunidade não concorda", assinalou o presidente da Associação de Moradores do Bairro Mar Azul (AMBAMA), Marcelo Mendes.





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