Um trator invadiu a Área de Proteção Permanente (APP) pertencente à Fibria, na última semana, e nesta segunda-feira (11 de junho) a empresa alegou que foi surpreendida com o desmatamento não autorizado.
A Fibria informou que "adotará as medidas cabíveis para que sejam apuradas as responsabilidades".
Na última terça-feira (5 de junho), moradores da Praia do Sauê, em Aracruz, foram surpreendidos com a presença de um trator que devastou uma área na beira do rio Sauê, tendo acabado com ninho de guaxos (pássaros) e espantado os macaquinhos que se abrigavam na localidade.
Já na sexta-feira, moradores impediram que outro trator, este de propriedade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Aracruz, avançasse sobre o rio Sauê. Para tanto, colocaram cadeiras no meio da rua para que o trabalho de colocação da tubulação de esgoto não prosseguisse.
Nesta segunda-feira (11 de junho), moradores da Praia do Sauê reclamaram que passaram a tarde sem água.
Mais uma vez, a reportagem da Web Rádio Voz do Piraqueaçu, procurou a assessoria da autarquia municipal, mas até a hora da publicação da matéria, ninguém se posicionou sobre o assunto.
O Ministério Público do Espírito Santo informou, por meio de nota, que a área indicada é de interesse da União administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), "o que atrai a atribuição do MPF (Ministério Público Federal) para investigar e tomar as providências cabíveis".
O ICMBio, por sua vez, não respondeu à reportagem em tempo hábil.
A seguir, um vídeo gravado por um morador de Praia do Sauê na área devastada na terça-feira da semana passada.