Em reunião realizada na última segunda-feira (11 de junho), o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Aracruz teria informado à Associação de Moradores da Praia do Sauê (AMOPS) que realizaria um serviço nas ruas do balneário para instalação de uma adutora e consequente aumento da vazão de água no bairro.

Nesta terça-feira (12 de junho), a empresa retornou ao Sauê e deu início à instalação de tubulação, que novamente foi interrompida por ação de populares.

A AMOPS informou, por meio de nota aos moradores, que uma reunião teria acontecido entre a diretoria da associação e representantes da autarquia municipal.

"Esta vazão de água também possibilita o aumento de água na Praia dos Padres, porém, segundo o projeto, não haverá mais escavação, uma vez que a rede que abastece o Sauê levará a água até eles", informa a nota.

Ainda, por meio de nota, a AMOPS informa que firmou-se também o compromisso de apresentar um projeto de recuperação da área degradada, apresentação da licença e recomposição das ruas que estão sendo mexidas.

O SAAE, por meio da assessoria de Comunicação e Marketing da Prefeitura de Aracruz, informou que tem por objetivo melhorar o sistema de distribuição de água no bairro.

"O SAAE Aracruz está promovendo implantação de rede com diâmetro de 150 mm na região. Para tanto, foi solicitado licença ao IEMA, que concedeu a dispensa. Não houve corte de nenhuma árvore e sim de capim colonhão, apesar das fotos sugerirem diferente", afirma a nota.

Conforme já havia sido informado pela AMOPS, na noite de segunda-feira (11 de junho), o SAAE foi até a comunidade do Sauê para explicar os serviços, cujos moradores imaginaram tratar-se de esgoto e tudo ficou entendido, sendo a reunião muito pacífica.

Quanto ao questionamento sobre a necessidade de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) para a obra da autarquia municipal, o SAAE explicou que como não haverá derrubada de vegetação em Áreas de Proteção Permanente (APP), não seria necessário realizar o estudo.

O SAAE informou ainda que as licenças ambientais foram devidamente emitidas. Em anexo à resposta à Web Rádio Voz do Piraqueaçu a assessoria de Comunicação e Marketing da Prefeitura enviou a licença emitida pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMA) e pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), datada do dia 7 de junho, dois dias depois da primeira denúncia feita pelos moradores da Praia do Sauê.

Já o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que a área em questão não é de sua responsabilidade, ao contrário do que foi informado pela assessoria de Comunicação do Ministério Público do Espírito Santo (MPES).

A Fibria foi novamente questionada sobre a área de sua propriedade que foi devastada, mas até a publicação da matéria a empresa não havia respondido.