O verão está quase no fim. Se pareceu quente para quem pôde se refrescar à beira da praia, para quem precisou utilizar a Unidade Básica de Saúde de Santa Cruz o sofrimento deve ter sido maior. A mata que fazia sombra na unidade teve uma boa parcela retirada.
Há cerca de duas semanas, a Voz do Piraqueaçu recebeu a reclamação de um morador e depois também pôde constatar que o local foi bastante devastado.
Muitas pessoas que estavam na feira livre que ocorre toda sexta-feira ao lado da Igreja Nossa Senhora da Penha também se assustaram ao fazerem tal constatação.
Boa parte da vegetação foi retirada e o morro ficou "careca"
A Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Aracruz (SECOM) foi procurada pela reportagem para responder a alguns questionamentos quanto à forma e ao perigo que poderia representar tal devastação em épocas de chuva.
Foram enviadas perguntas para ser respondida pela Secretaria de Meio Ambiente sobre a forma como foram retiradas várias árvores e vegetação. A Defesa Civil de Aracruz também foi questionada, por meio da SECOM, para responder sobre o perigo que ronda encostas sem a devida contenção de vegetação em épocas chuvosas.
A solicitação de informação à SECOM foi enviada no dia 25 de fevereiro, data em que a Secretaria enviou release sobre o início do manejo de restinga no litoral de Aracruz.
Na tarde desta segunda-feira, após a publicação da matéria, a resposta foi enviada.
A Secretaria de Meio Ambiente de Aracruz, por meio da Secretaria de Comunicação, explicou que a retirada da vegetação localizada atrás da UBS Santa Cruz foi um pedido feito pela coordenadora da unidade e pelo coordenador do apoio regional da comunidade.
“Após a solicitação, técnicos do meio ambiente foram ao local para uma vistoria, quando foi constatada a necessidade de corte das árvores devido a possível queda das mesmas durante fortes chuvas e ventania. Além do risco identificado, a SEMAM também explica que as árvores suprimidas são de uma espécie exótica (Acácia), não sendo adequada para o local, principalmente para a contenção de talude (terreno inclinado/barranco)”, diz parte da nota enviada pela SECOM..
E a SEMAM completa.
“Caso seja registrada alguma denúncia, uma equipe será enviada ao local para verificar as espécies suprimidas e quais são adequadas para o local, já que árvores de grande porte em encostas pode desestabilizar ainda mais o solo.
Cinco dias de queimada e foi só isso .......É para rir ??????
Boa noite. O ideal seria que plantem arvores indicadas no lugar das que retiraram.